segunda-feira, 1 de abril de 2013

O lado psicológico da "coisa"...

Olá pessoal, tudo bem?

Inicio esse blog não com apresentações (isso fica pra mais tarde). Enquanto "aquecemos" para o lançamento do desafio da Aloha Fit, venho falar de um assunto que considero essencial discutir antes de nos propormos qualquer mudança na vida: o lado psicológico, a aceitação e os relacionamentos quando você muda seus hábitos e resolve cuidar de si mesmo. Sim, a gente sofre (muito) preconceito, infelizmente.



O que eu mais ouço por aí são pessoas utlizando a palavra "neurose".
Eu já ouvi isso da minha mãe (hoje de tanto eu explicar, ela me entende), de amigas, de vizinhos, conhecidos, enfim, de um bocado de gente. E não para por aí: fútil, filhinha de papai, entre outras aberrações vocabulárias de pessoas que mal nos conhecem. Não nos conhecem porém pré-julgam todo um caráter pelos hábitos (saudáveis ainda por cima).

Eu já cheguei realmente a parar pra pensar se eu estava no caminho certo e se não estava exagerando um pouco. Foi nesse momento, quando eu parei pra pensar, que eu vi que NÃO. NÃO NÃO NÃO. Não podia me deixar influenciar pela cabeça dos outros e largar tudo que eu estava fazendo por mim mesma. Eu não falho em nenhum aspecto essencial à estrutura de um bom ser humano: sou boa filha, uma boa futura esposa, trabalho, faço mil coisas, sei limpar bem minha casa (essa é para a minha mãe hehehe)... Afinal, a duvida passou a rondar minha cabeça: por que isso incomoda tanto as pessoas? Eu nunca obriguei ninguém a ir treinar comigo, puxar ferro ou comer as coisas que eu como.
Então por qual motivo as pessoas critiam tanto fato de eu não querer comer o que elas comem? De não querer fazer o que elas fazem?

E foi pensando nisso que descobri uma coisa bem simples: ver alguém que se cuida e faz alguma coisa por si próprio incomoda os outros por que as pessoas gostariam de ter essa força de vontade e simplesmente não tem. E elas sabem que deveriam ter. Elas queriam ter. E isso faz com que se sintam mal, frustradas, e ninguém gosta de se sentir assim. Logo, quanto mais pessoas tiverem os mesmos péssimos hábitos que esta pessoa tem, mais comum isso será e menos errada ela vai se sentir. É mais fácil ajustar todo o seu meio do que se ajustar sozinho.
Não estou certa?
Ao invés de julgar, com simplicidade eu simplesmente tentei entender o lado dessas pessoas também.

E não, eu não sou neurótica. O que eu escolhi, foi um estilo de vida, simplesmente. E ele afeta somente a mim mesma, eu fico mais feliz, mais saudável, mais disposta, mais bonita na medida do possível e, consequentemente, faço as pessoas ao meu redor mais felizes. O que isso pode ter de tão errado? Negar um chocolate se eu não quero comer hoje não me faz uma pessoa chata, nem uma garota fútil. É a mesma coisa que eu tentar empurrar um bife para um vegetariano, ou banana pra alguém que odeia banana. Faz algum sentido? NENHUM.

Por isso o melhor conselho que eu posso dar, é que você assuma suas escolhas, seja quem você escolheu ser. Não precisei nunca deixar de sair por que não quero beber, ou deixar de ir numa churrasco por que não quero comer carne, e meus amigos sabem disso (e respeitam). Eu vou, faço minhas escolhas e pronto. O segredo é não sair levantando bandeiras ou anunciando que você não come isso ou aquilo. Não banque o chato. Simplesmente faça.
E, por outro lado, quando me dá vontade de comer pizza, chocolate ou sorvete, eu vou lá e simplesmente como sem culpa, sem ter que dar satisfações a ninguém.

Pra você que quer iniciar nesse novo lifestyle eu aviso de antemão: o que mais vai existir, é gente querendo te sabotar, tirar teu foco e te fazer desistir. E essas pessoas estarão mais próximas do que você pensa. Poucos vão incentivar, ou quase ninguém. Por isso uma dica: quando estiver em uma situação em que você não tem vontade ou não quer comer algo que estão te oferecendo, simplesmente não coma. Diga qualquer coisa, que não está afim, pronto. Se for a uma confeitaria com as amigas, por exemplo, faça suas opções saudáveis sem falar nada. Todo lugar tem... é só ser esperta. Se forçarem a barra, agradeça gentilmente, e diga que hoje não está afim, com um sorriso no rosto. Se a resposta vier com "você só come alface agora?", simplesmente diga: "Não, eu como de tudo, só não quero comer isso hoje. Obrigada".

Não se deixe levar, seja diferente, se você for como todo mundo, os seus resultados serão como os de todo mundo, uma sucessão de altos e baixos, fracassos e poucas conquistas. Não precise de alguém pra treinar, se tiver algum amigo parceiro, ótimo, mas aprenda a fazer as coisas por si mesmo. Isso faz toda a diferença. Incorpore um novo jeito de levar a vida, pra vida toda.
Com o tempo as pessoas vão se acostumar, e vão passar a admirar você. Experiência própria!



Lembre-se: obsessão é como os preguiçosos vão chamar a sua dedicação!

Beijos e ótima semana a todos!
Carol

5 comentários:

  1. Acho que tem uma diferença entre você e os demais... As pessoas deixam de sair, de estar entre amigos, etc e tal... Pra assumir uma pessoa 'chata', não come de nada, não bebe nada, não faz companhia... essas coisas. Se a pessoa quer comer a comidinha dela eu não me importo. Agora, se a pessoa deixa de sair, essas coisas, é muito chato mesmo.
    Beijo!

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    1. Concordo com você, Pri! Adorei sua colocação, inclusive. Por isso mesmo procurei frisar que as pessoas não podem e não precisam se privar da vida, nem levantar bandeiras, aí serão sempre tachadas de chatas e com razão. Fica muito mais fácil ser feliz assumindo suas escolhas sem impor nada a ninguém nem deixando de viver. Escolhas podem ser feitas a todo momento. Beijos.

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  2. Concordo contigo Maria... Muitas vezes quando meus amigos fazem churrasco reclamam de mim porqué eu tiro a gordura da carne... até que eu não responder mal eles insistem me pegando no pé... Ou quando como na padaria me dizem que como só "mato"... Eu simplesmente ignoro quem fala com ignorança e além da comida, acredito que a vida é curta demais para deixar de viver do proprio jeito para fazer o que os outros querem!
    Abs e continue assim :-)

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  3. Excelente texto, Maria..
    e realmente é a pura verdade!

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